quarta-feira, 19 de outubro de 2011

E.M.O.

Daí que eu tava tomando um café hoje à tarde, zumbizando como tem sido frequente nos últimos dias, quando de repente um diálogo fofo me despertou do quase-cochilo e me tirou do transe:

Ela: "mas você vai conseguir superar isso tudo? você vai ser capaz se continuar comigo, como antes, apesar (ênfase no 'apesar') de tudo?"

Ele: "o que você ainda não entendeu, Tati, é que nada do que você faça é capaz de me fazer parar de te amar!"

<3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3

Tive vontade de levantar e abraçar os dois, ou aplaudir, sei lá, mas me contive e fiquei apenas observando aquele jovem casalzinho apaixonado trocando juras de amor de mãos dadas numa mesinha minúscula de uma cafeteria enquanto seus chocolates quentes esfriavam, e por alguns instantes cheguei bem perto de voltar a acreditar no amor*.

* refiro-me aqui ao "amor" do dicionário, dos poetas e romancistas, aquele capaz de suportar tudo e persistir, e não ao amor oportunista que existe apenas quando tudo está bem, mas que sucumbe à primeira (ou segunda, ou terceira) adversidade. Este último eu sei que existe, mas só presta pra partir corações e fazer sofrer.

(acho que vou virar EMO)
(não, não, acho que na verdade eu SOU EMO)
(devo começar a ouvir Restart?)

Anyway, por um breve momento consegui até esquecer dessa dor de cabeça 'parceira' que resolveu me amar incondicionalmente e não quer ir mais embora, e experimentei uma sensação de leveza tão boa que terminei meu café e saí distraída pensando na vida, até ser alcançada, já na calçada, pelo mocinho esbaforido do caixa da cafeteria que, com cara de poucos amigos, me disse em um tom de voz suficientemente alto para que todos os transeuntes ouvissem: "A senhora não vai pagar a conta não?"

FIM.


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